Os nacos históricos e, actualmente, curiosos, dos primeiros tempos de vida desta Instituição, no limiar das bodas de diamante, continuam a constituir uma lição de estoicismo por parte das pessoas que dos seus corpos sociais faziam parte. De vez em quando, como hoje acontece nas Instituições, lá são despoletados alguns problemas que, certamente, desestabilizam e incomodam, principalmente os que depositam grandes esperanças e confianças naquilo que representam.
Esta Instituição nasceu num meio bastante pobre. Por isso a sua fundação. Será lugar-comum afirmar-se que se toda a gente vivesse bem, a Casa do Povo ou outra era dispensada, por desnecessário...
Nos apontamentos que ainda nos restam, já poucos, há indícios de que as coisas não corriam de feição, porque em Abril de 1946, a 28 deste mês, há relatos da demissão dos vogais da direcção José Henriques da Silva e Eduardo Vasconcelos Soares. O primeiro aqui recentemente referido, quando foi eleito.
Não são esclarecidas as razões desta situação, mas o prof. João Baptista Fernandes Vidal, que era o presidente da direcção, continuava no seu posto e os novos elementos a eleger, diz a acta, terminariam o triénio em curso, que correspondia ao tempo de mandato da direcção em exercício. Nesta reunião, estiveram presentes 86 sócios efectivos. Proximamente daremos mais pormenores da evolução destes acontecimentos.
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