Por acharmos de interesse e historicamente curioso, deixamos esta transcrição, com a devida vénia ao autor, António Martins Rachinhas, do seu livro "A Paróquia de S. Pedro de Valongo do Vouga", sobre uma parte da genealogia de Joaquim Álvaro Teles de Figueiredo Pacheco, que veio a ter o título de Visconde de Aguieira, como mais abaixo se menciona e um dos participantes na história da demanda sobre as tuteladas Meninas Mascarenhas, que tanta tinta fez correr. Diz o seguinte:
Casa da Quinta da Aguieira, vendo-se em primeiro plano, do lado direito, a capela de Nª Sª Bom Despacho |
A capela de Nossa Senhora do Bom Despacho e Casa de Aguieira vieram no século XIX à posse do visconde de Aguieira, Joaquim Álvaro Teles de Figueiredo Pacheco, bisneto dos instituidores da dita capela (João Gomes Martins e Maria Eufrásia Gomes Pacheco, ele natural e residente em Aguieira e ela natural da Quinta do Sobreiro).
A descendência que conduziu ao visconde foi esta:
Maria Eufrásia Pacheco Teles (ou Maria Eufrásia Gomes Pacheco) casou com João Gomes Martins (1724), e tiveram, além de outros, a filha:
-Joana Josefa Teles Vidal Pacheco que nasceu no dia 1 de Junho de 1730, e casou com Nicolau Baptista de Figueiredo Távora de Morais, nascido a 21 de Março de 1726, na freguesia de Dardavaz, Tondela. Do seu matrimónio tiveram, entre outros filhos:
-José Agostinho de Figueiredo Pacheco Teles, proprietário da Casa de Aguieira e capela de Nossa Senhora do Bom Despacho. Nasceu a 8 de Agosto de 1752 e faleceu a 5 de Maio de 1812. Casou com D. Maria Luísa de Magalhães, natural de Brunhido, que nasceu a 3 de Abril de 1758 e faleceu a 8 de Maio de 1821.
Tiveram dez filhos, sendo o mais novo:
-Joaquim Álvaro Teles de Figueiredo Pacheco, senhor da Casa e capela de Aguieira, bacharel formado em Direito, visconde de Aguieira por decreto de 19 de Setembro e carta régia de 5 de Dezembro de 1872.
Nasceu em Aguieira a 16 de Abril de 1816 e faleceu a 16 de Maio de 1895.
Casou a 22 de Setembro de 1850, em primeiras núpcias, com sua prima D. Maria Mascarenhas Teles de Mancelos Pacheco que faleceu sem descendência a 7 de Fevereiro de 1851. (Deste casamento resultou toda a história narrada no livro "As Meninas Mascarenhas").
Casou em segundas núpcias a 29 de Abril de 1868 com D. Maria Inês Caldeira Pinto Geraldes de Bourbon, filha dos primeiros Viscondes da Borralha, nascida a 20 de Dezembro de 1842. Deste matrimónio também não teve filhos.
Tendo o visconde de Aguieira falecido sem descendentes, a Casa e capela de Aguieira saíram da posse dos Pacheco Teles, e entraram na posse de outra família.
Os documentos que a seguir apresentamos - diz-se no livro citado de António Rachinhas - são a cópia de uma certidão extraída de um confuso e longo processo que os erectores e dotadores tiveram de mover na Câmara Eclesiástica de Coimbra, para conseguirem a necessária licença.
Fonte: - A Paróquia de São Pedro de Valongo do Vouga, António Martins Rachinhas, edição de autor, 2011, páginas 148, 149.
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