Vamos continuar a verificar a história da autoria de Vaz Ferreira, publicada no Arquivo do Distrito de Aveiro. E continuava a descrever assim como via o Marnel e as redondezas.
Ponte Medieval na lagoa do Rio Marnel em Lamas |
«Quando, no começo de 1925, completei o meu romance Os Senhores do Marnel, referi-me a essa joia da arte seiscentista em dois trechos. Transcrevo-os porque nem só de pão vive o homem, e a amenidade literária quadra por vezes aos espíritos preocupados de ciência e erudição dos leitores deste Arquivo.
Com respeito ao recanto encantador do Marnel, esbocei o quadro:
"Toda a paisagem é límpida e serena, digna de inspirar a grande alma dum artista mimoso como Estêvão Gonsalves Neto e de esmaltar, viçosa e calma, as lindíssimas iluminuras do portentoso missal que este abade seiscentista coloriu ali nos arroubamentos de Serém, depois oferecou ao bispo D. João Manuel e onde celebrou na tenuidade das delicadas cores a beleza deliciosa e suave daquela região."
Mais adiante, de novo fiz referência ao missal do pároco artista e às margens do Vouga:»
(Dada a extensão da descrição que faz, guardamos para um próximo post a continuidade da história de Vaz Ferreira)
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