Sabe-se que quem anda nestas andanças blogueiras, apanha algumas manias. Também apanhei...
Algumas delas é a constante mudança de Templates, que o próprio servidor coloca ao serviço dos utentes blogueiros. Eu também estou apanhado pela mudança de visual, de vez em quando. Foi o que aconteceu com este que agora serve de apresentação das coisas do Marnel, e, às vezes, de fora do dito.
Encontrei este modelo que me pareceu interessante. E os meus comparsas da actividade e os visitadores estarão agora com curiosidade em saber as razões desta mudança. Não por que o anterior não fosse mais interessante, condizente, mais «duro», de aspecto forte, ou outra coisa parecida.
Este é um pouco a cheirar mais a mimosa (embora as mimosas já lá vão), mas tem a ver com qualquer coisa do local denominado Marnel. As flores o verde, as aves e animais, etc.
Foram, em tempos ainda não muito remotos, férteis terras de culturas, principalmente naquela área enorme que vai da ponte do comboio, onde agora está a ETAR (se não for EATR é parecida), até lá ao fundo junto de Lamas. Por toda essa área havia plantações e culturas de arroz, que fornecia alimentação a muita gente. Hoje é silvas, silvedos, floresta, é um microclima já muito raro e uma floresta onde se encontra um verdadeiro "santuário" que serve de refúgio e nidificação de várias espécies de aves e animais. Quando por lá passo penso que de cada vez que lá vou vejo sempre uma espécie diferente, além de ser assustado, no meio daquele silêncio onde só se ouve - quando há - o refulgir de alguma brisa e o canto de alguns pássaros, pelo bater das asas do pato bravo que por ali anda em bandos de quantidades aceitáveis.
É por isso que este template foi adoptado, por apresentar algumas semelhanças com o verde e a pequena floresta do Vale do Marnel, onde ainda existem lendas aterradoras de bruxas e bruxedos, para além das escavações da antiquíssima igreja de que fala o romance de Vaz Ferreira, «Os Senhores do Marnel», que nunca mais se reiniciam. Mas o altar - ou o que resta dele - ainda lá está e aqui deixamos algumas imagens. De acrescentar ainda que naquele local encontra-se um razoável monte de ossadas, que certamente tiveram e terão tido origem no local, e que lá estão à mercê de qualquer pessoa menos consciente quanto ao valor histórico e antropológico daquele material humano, sabe-se lá de quando!
O que resta e o que lá colocaram num pseudo altor-mor. São visíveis as ossadas, na vitrine, por trás da vela vermelha |
O altar mor está reduzido a este montão de algumas coisas inúteis, mas que as pessoas persistem em lá colocar |
No mesmo local do altar, até esta estampa de imagens religiosas lá foi colocada, que inclui a foto de um cadáver numa urna. É perfeitamente visível este quadro tétrico |
A Câmara Municipal, com vista a preservar o local, mandou fazer esta cobertura, que ainda está na mesma. Valha-nos ao menos isto. Mas o resto vai desaparecendo, como já desapareceu muita coisa. |
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