A polémica que por aí anda, principalmente entre os entendidos linguistas, é muita. Aqui, nunca me pronunciei sobre a matéria. Porque não me julgo à altura e com formação adequada para o fazer. Mas entendo, pelo menos uma coisa.
Caricatura retirada da Net http://www.eb1piadelalama-34.0708.maisbarcelos.pt/ |
As origens do português, se fossem ensinadas na escola, como a história, traria à tona muita coisa que nós não conhecemos. Ou seja, a evolução da língua materna teve um percurso, criou a dita matriz, estabeleceram-se, ao longo dos séculos, talvez tantos como a nacionalidade, as suas regras, justificando-as, quer cientificamente, quer nas suas origens. E foi com estas situações que o português se espalhou e se estabeleceu pelo mundo.
Porque venho agora aqui com esta questão? Explico:
Andava por aqui a «limpar» a minha caixa de correio e encontrei um mail, daqueles que circulam incessantemente e que cada um de nós faz com que acabe por dar a volta ao mundo...
Abri-o e o seu conteúdo era de alguém que se manifestava contra o Acordo Ortográfico, que não conheço (um e outro), mas que pela forma como se apresenta, é, certamente, um especialista da matéria.
E é esse mail que agora tomo a liberdade de postar. Mas mais duas coisas:
Uma para dizer que nesta vida blogueira, aparecem por aí muitos colegas a anunciar, em parangonas, que adoptaram o Acordo Ortográfico nos seus conteúdos, além de sites de jornais, que seguem o mesmo caminho; e outros que, talvez revoltados, deixam muito bem escrito: AQUI ESCREVE-SE O PORTUGUÊS DE PORTUGAL.
Ora, se aqui exponho o conteúdo do tal mail, é porque concordo. Naturalmente que é assim. Talvez diga uma barbaridade, mas sinto que estamos a ser colonizados, quando fomos os grandes colonizadores do mundo...
Desculpem qualquer coisinha.
Continuo a escrever mal, mas escrevo, no que não me esqueci, conforme aprendi. E nada mais...
Não estou a dizer que uns ou outros têm razão. E que uns ou outros, não têm razão. Há uma briza de alguma interferência... ou estarei enganado?!
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Assunto: Acordo ... em «direito comparado»
Cá por mim nada ganham com o negócio! Apenas me dão o trabalho de criticar esses linguistas de meia tigela, ou outros tantos “doutores” que tinham como obrigação ter-se oposto à comissão destes desmandos.
E aqui, tenho de concordar com Sarcosy (Sarco para as amigas…e amigos) que terá imposto que a reforma ortográfica da Língua Francesa poderia ser feita, desde que o Francês da Sorbonne nada sofresse com os conceitos aplicados nessa reforma. Isto significa que o Francês das ex-colónias e protectorados, esse sim, sofresse as necessárias alterações, por forma a aproximar-se da língua padrão, ou seja, do Francês em uso na Sorbonne. Assim, sim! Também eu estaria de acordo com o Acordo Ortográfico, se o Português em uso na Universidade de Coimbra (de Lisboa para alguns filólogos) permanecesse inalterável, deixando intactas as suas origens que fazem dela uma língua novilatina.
Ora, o que aconteceu entre nós foi mais um acto cometido intencionalmente por canhotos e aleijados mentais, que trataram agora, depois de delapidar o Território e a riqueza que ainda íamos guardando, maltratar a Língua, certamente sem saberem que a língua mãe de todos nós é, tal como o território nacional, um factor da Pátria e da Consciência Nacional.
Mas, o mais grave estará para vir, porque suspeito que a segunda fase será uma reforma gramatical, a qual, a alinhar pelo Brasil, terá, de facto como consequência, a aproximação da amálgama linguística do Português brasileiro, marcado por influências que nada têm a ver com a cultura portuguesa, uma verdadeira mistura que só convirá aos brasileiros, na medida em que aquela é, de facto, a sua língua, não a nossa.
E se a maior expressão da influência africana decorrente do movimento esclavagista de que não somos os únicos responsáveis, claramente se repercute na música e no carnaval brasileiro, o mesmo se passa com a Língua, porventura de forma menos acentuada, ou perceptível. Desta forma, estamos a importar para o Português padrão tudo aquilo que não está na sua origem, fundamentalmente de cariz latino e grego. Mas, se os nossos filólogos e linguistas de meia tigela vierem com uma reforma gramatical, então todos nós devíamos dizer p’ra eles…Basta! Não! Não encha não meu saco.
E termino como comecei, pois que tenciono não adoptar uma única regra consignada na manobra destruidora da matriz da nossa Língua.
Com um grande abraço.
Albuquerque Pinto
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