Como já tinha dito na última postagem sobre esta série, as Meninas Mascarenhas não chegaram a embarcar numa praia abaixo de Vila Nova de Gaia. De seguida há uma série de textos de respostas publicadas nos jornais de Lisboa, em nome de Joaquim Álvaro, tutor das Meninas Mascarenhas, até se chegar a outros tantos textos, longos, próprios dos tribunais e tal qual os documentos eram apresentados nessas instâncias. Por isso não os vamos citar.
Foto retirada do site www.funchal500anos.com/ |
Mas o expediente de que se serviu o tutor das meninas mantinha-se nos seus horizontes, como solução segura e adequada, era a emigração. E assim foi decidido. Situa-se esta história no mês de Setembro de 1848. Os amigos do Dr. Joaquim Álvaro, no Porto, tinham prevenido que ia sair do Douro um brigue francês com carregamento para Bordéus.
E foi nesse navio que as duas meninas foram para Bordéus com o seu tutor. No dia em que o barco saiu da barra, havia mar chão, ondas tranquilas e azuis. Era um barco elegante, todo pintado de branco, seguro e ligeiro. A bagagem ja estava no navio enquanto fundeado no Douro.
No local previamente estabelecido, o barco pairou durante algum tempo, dele saíu um escaler que fora lançado à agua e fora até à praia receber as duas órfãs e o seu tutor. Terá existido ainda alguma dificuldade mas as crianças lá foram, corajosamente, para bordo. E pouco depois, desfraldadas todas as velas e tocado pelos ventos do norte, rompeu as águas do mar e seguia para França, que seria a terra da libertação e da paz.
E as primeiras notícias vindas de França foram muito agradáveis. A viagem correu de excelentes feições, com uma travessia tranquila e feliz. Diz-se ainda que o passadio de bordo e os ares do mar tinham feito muito bem às Meninas.
De seguida veremos algumas ocorrências em França, cuja estadia durou dois anos.
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