Agora que está tudo mais em silêncio sobre o 25 de Abril – A Revolução dos Cravos – (para o ano temos mais notícias) é que me deu na gana vir aqui falar da data. E, para muitos, dar a conhecer o seu significado. Penso eu.
Antes disso, gostaria de trazer à tona um pormenor muito usado por um dos canais de TV, em que nas suas vastíssimas coberturas noticiosas e de reportagens, salvo se ouvi mal, usou e abusou de uma pergunta: ONDE ESTAVAS EM 25 DE ABRIL DE 1974?
E esta pergunta era, normalmente, dirigida aos mais jovens. Que diabo perguntar a uma pessoa de 20-30 anos onde estava naquele dia e ano? É claro que quem respondia julgo que o fazia a brincar, porque talvez tivesse vontade de responder de outra maneira, em face da idade, a semelhante tipo de pergunta. Nalguns casos, é lógico.
Mas vamos adiante. Com a prosa apresentada ninguém me diga ou pense que fui ou sou contra o 25 de Abril. Não há palavras para descrever o sentimento que se via no rosto das pessoas, a sua fisionomia de satisfação e contentamento, além da surpresa, para alguns…
Digo isto porque nesse dia, uma quinta-feira, de manhã cedo, cerca das sete horas e trinta minutos, estava em Lisboa e assisti a quase tudo o que se desenrolou. Tive esse privilégio, que a maior parte dos portugueses não tiveram.
Àquela hora, com mais um companheiro de trabalho, logo que soubemos do que se passava (pouco), a nossa ansiedade foi tomar o pequeno-almoço e imediatamente sair da residencial onde nos alojávamos e ir ver (ou viver, nem sei de que maneira) aquilo que se estava a desenrolar.
Tenho em meu poder os jornais de 25, 26, 27 e não sei que mais daquele mês e ano. Já serviu para trabalhos escolares de jovens e, por isso, é baseado neles e em alguns casos menos conhecidos que me vou apoiar para aqui dedicar alguns posts a essa data já tão longe (para os mais novos) e ainda tão perto (para outros).
Vou ter oportunidade, também, de aqui poder descrever alguns factos daquele dia e dos seguintes. E vou terminar com a seguinte passagem, da tal manhã de 25 de Abril na citada residencial.
Levantamo-nos cedo e fomos até à sala de jantar tomar o pequeno-almoço. O empregado que àquela hora nos atendia (07h30), já nosso conhecido, perguntou-nos em tom aflitivo se íamos para a rua. Respondemos que tínhamos de ir trabalhar (e o local de trabalho ficava a umas escassas centenas de metros). Então o homem mostrou-se preocupado com o nosso à-vontade e recomendou-nos que tivéssemos cuidado. E eu atrevido (naquela altura), perguntei porque é que não podia ir para a rua.
Antes disso, gostaria de trazer à tona um pormenor muito usado por um dos canais de TV, em que nas suas vastíssimas coberturas noticiosas e de reportagens, salvo se ouvi mal, usou e abusou de uma pergunta: ONDE ESTAVAS EM 25 DE ABRIL DE 1974?
E esta pergunta era, normalmente, dirigida aos mais jovens. Que diabo perguntar a uma pessoa de 20-30 anos onde estava naquele dia e ano? É claro que quem respondia julgo que o fazia a brincar, porque talvez tivesse vontade de responder de outra maneira, em face da idade, a semelhante tipo de pergunta. Nalguns casos, é lógico.
Mas vamos adiante. Com a prosa apresentada ninguém me diga ou pense que fui ou sou contra o 25 de Abril. Não há palavras para descrever o sentimento que se via no rosto das pessoas, a sua fisionomia de satisfação e contentamento, além da surpresa, para alguns…
Digo isto porque nesse dia, uma quinta-feira, de manhã cedo, cerca das sete horas e trinta minutos, estava em Lisboa e assisti a quase tudo o que se desenrolou. Tive esse privilégio, que a maior parte dos portugueses não tiveram.
Àquela hora, com mais um companheiro de trabalho, logo que soubemos do que se passava (pouco), a nossa ansiedade foi tomar o pequeno-almoço e imediatamente sair da residencial onde nos alojávamos e ir ver (ou viver, nem sei de que maneira) aquilo que se estava a desenrolar.
Tenho em meu poder os jornais de 25, 26, 27 e não sei que mais daquele mês e ano. Já serviu para trabalhos escolares de jovens e, por isso, é baseado neles e em alguns casos menos conhecidos que me vou apoiar para aqui dedicar alguns posts a essa data já tão longe (para os mais novos) e ainda tão perto (para outros).
Vou ter oportunidade, também, de aqui poder descrever alguns factos daquele dia e dos seguintes. E vou terminar com a seguinte passagem, da tal manhã de 25 de Abril na citada residencial.
Levantamo-nos cedo e fomos até à sala de jantar tomar o pequeno-almoço. O empregado que àquela hora nos atendia (07h30), já nosso conhecido, perguntou-nos em tom aflitivo se íamos para a rua. Respondemos que tínhamos de ir trabalhar (e o local de trabalho ficava a umas escassas centenas de metros). Então o homem mostrou-se preocupado com o nosso à-vontade e recomendou-nos que tivéssemos cuidado. E eu atrevido (naquela altura), perguntei porque é que não podia ir para a rua.
O empregado disse-nos que havia muita polícia na rua, tropa, algumas ruas estavam encerradas, ninguém saía ou entrava (avenida António Augusto de Aguiar, por exemplo, porque era ali que estava o Comando da PSP) enfim, uma confusão nada habitual para o tempo. E acrescentou: - Parece que se fala num golpe de estado. Respondi sem saber quem estaria ou não na sala de jantar: - Até que enfim que acontece alguma coisa importante neste país!
E lá fomos para a rua… Mais tarde, fiquei a saber que aquele funcionário hoteleiro era militante do MRPP… (mas o que é que eu tinha a ver com isso? Nada. Respeitei a opção…)
(Continua)
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