quinta-feira, 30 de abril de 2009
AS IMAGENS QUE FALAM!
Antes de continuar com o prometido - dizer alguma coisa sobre o 25 de Abril - não vou deixar de matar a curiosidade de alguém e alguns, aqui deixando uma pequena amostra de alguns recantos da freguesia. Futuramente deixaremos por cá nova série de imagens que, espero, despertem a curiosidade dos "visualizadores" deste blog. Na realidade, se utilizarmos um certo ângulo de visão, acabamos por concluir que há por aqui recantos bem interessantes, verdes e até (porque não dizê-lo?) ainda bastante saudáveis e agora com menos influência de poluições. Mas, no Marnel, os peixes não os vi... à vista desarmada. Mas devem andar por lá...
terça-feira, 28 de abril de 2009
25 DE ABRIL DE 1974-EPISÓDIOS
Antes disso, gostaria de trazer à tona um pormenor muito usado por um dos canais de TV, em que nas suas vastíssimas coberturas noticiosas e de reportagens, salvo se ouvi mal, usou e abusou de uma pergunta: ONDE ESTAVAS EM 25 DE ABRIL DE 1974?
E esta pergunta era, normalmente, dirigida aos mais jovens. Que diabo perguntar a uma pessoa de 20-30 anos onde estava naquele dia e ano? É claro que quem respondia julgo que o fazia a brincar, porque talvez tivesse vontade de responder de outra maneira, em face da idade, a semelhante tipo de pergunta. Nalguns casos, é lógico.
Mas vam

Digo isto porque nesse dia, uma quinta-feira, de manhã cedo, cerca das sete horas e trinta minutos, estava em Lisboa e assisti a quase tudo o que se desenrolou. Tive esse privilégio, que a maior parte dos portugueses não tiveram.
Àquela hora, com mais um companheiro de trabalho, logo que soubemos do que se passava (pouco), a nossa ansiedade foi tomar o pequeno-almoço e imediatamente sair da residencial onde nos alojávamos e ir ver (ou viver, nem sei de que maneira) aquilo que se estava a desenrolar.
Tenho em meu poder os jornais de 25, 26, 27 e não sei que mais daquele mês e ano. Já serviu para trabalhos escolares de jovens e, por isso, é baseado neles e em alguns casos menos conhecidos que me vou apoiar para aqui dedicar alguns posts a essa data já tão longe (para os mais novos) e ainda tão perto (para outros).
Vou ter oportunidade, também, de aqui poder descrever alguns factos daquele dia e dos seguintes. E vou terminar com a seguinte passagem, da tal manhã de 25 de Abril na citada residencial.

Levantamo-nos cedo e fomos até à sala de jantar tomar o pequeno-almoço. O empregado que àquela hora nos atendia (07h30), já nosso conhecido, perguntou-nos em tom aflitivo se íamos para a rua. Respondemos que tínhamos de ir trabalhar (e o local de trabalho ficava a umas escassas centenas de metros). Então o homem mostrou-se preocupado com o nosso à-vontade e recomendou-nos que tivéssemos cuidado. E eu atrevido (naquela altura), perguntei porque é que não podia ir para a rua.
O empregado disse-nos que havia muita polícia na rua, tropa, algumas ruas estavam encerradas, ninguém saía ou entrava (avenida António Augusto de Aguiar, por exemplo, porque era ali que estava o Comando da PSP) enfim, uma confusão nada habitual para o tempo. E acrescentou: - Parece que se fala num golpe de estado. Respondi sem saber quem estaria ou não na sala de jantar: - Até que enfim que acontece alguma coisa importante neste país!
E lá fomos para a rua… Mais tarde, fiquei a saber que aquele funcionário hoteleiro era militante do MRPP… (mas o que é que eu tinha a ver com isso? Nada. Respeitei a opção…)
(Continua)
quinta-feira, 23 de abril de 2009
AS IMAGENS E HISTÓRIAS DA NOSSA TERRA
As fotos que compõem este slide, na sua maior parte, encerram uma história. Vou, por isso, dispender algumas letras a algumas dessas fotos. É que, justificando, alguns locais da minha infância estão ali retratados e que agora se misturam com um ou outro facto pitoresco - para a actualidade. Como já vai ver...
Se o caro visitante tiver a paciência de olhar para essas fotos (vai ter que as parar com o seu rato), retroceda p'ra aí uns cinquenta anos e imagine como era esse local e essas casas. Um dia destes dei uma volta pelo lugar antigo e histórico da Veiga e dessa incursão resultaram essas fotos e os seguintes comentários saídos ao correr do teclado. Ou seja, sem confirmações ou obtenção de outros pormenores que, certamente, completaria de forma mais perfeita todo o conteúdo.
A BOMBA: - Há duas fotos com o mesmo equipamento. A primeira é apenas para demonstrar como se obtinha água por um processo que ainda todos se lembram, creio eu. A segunda, veja abaixo um resumo da sua história.
O FONTENÁRIO PÚBLICO: - Há por aí, freguesia fora, ainda muitos destes tipos de fontenários. Era assim o abastecimento público, pois, naqueles idos anos de 50 ou 60, quando se pretendia fazer uma casa, a primeira obra a realizar era a abertura de um poço. Mas estes fontenários, não correndo, creio, grandes riscos de erro, foram uma campanha do Engº José de Bastos Xavier, de Arrancada, que quando foi nomeado Presidente da Câmara Municipal de Águeda, era uma grande preocupação que manifestava pelo facto da população não ter água para se abastecer. E foi durante o seu mandato que o concelho e a nossa freguesia foram amplamente contemplados com este equipamento de necessidade básica. E ficamos por aqui...
IGREJA DA VEIGA: - Antigamente eram conhecidas por capelas. Agora o que for um templo de certas características, é designado por igreja (a este assunto voltaremos). Mas às vezes misturo estas designações como por aqui se pode ver, pelos hábitos criados.
Este templo, à entrada do lado esquerdo, tem uma data em que diz: «Foi feita em 1702». Este terá sido o ano da grande construção do templo, dedicado a Nossa Senhora das Pressas e Senhor dos Remédios, ambas duas belíssimas imagens, principalmente aquela, como já uma vez aqui citei.
A graciosidade deste templo reside no alpendre que foi construído à entrada e a sua arquitectura, em que os ângulos são maciços de alvenaria. À entrada da porta tem uma inscrição do seguinte teor: «ANTONIO RODRIGUES CORREIA MAN/DOU ASSENTAR COM AIUDA DO POVO DA VEIGA/ANO/1846».
ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA VEIGA: - Quando infantes, perdia tardes inteiras a jogar à bola no Cabeço Gordo. No regresso, era evidente a necessidade de água. Esta foto, com este título, é documento já posterior ao nosso domínio de sedentar a garganta, pois antes era uma mina, com boa água, actualmente estragada ou inêxistente. Tenho vaga ideia que quando este fontenário, com o mesmo sistema de bombagem daquele que em primeiro lugar apontei, foi inaugurado, parece que houve festa rija, com foguetes, discursos e outras coisas adequadas ao tempo.
Não deixa de ser curiosa a placa que ainda lá se mantém e que diz o seguinte: «José e António Duarte Martins - Junta - Câmara e Souza Baptista - 1950».
Ou seja, foram estas as pessoas e entidades envolvidas naquele que era, para o tempo, um grande melhoramento. Como as coisas são, ou como elas mudam, ou como elas evoluíram... e, com elas, nós também...
CASA NO TOPO DO CAMPO: - Esta casa, um pouco melhor conservada, pela idade que possuía nos anos 50-60, ainda lá está. O que sei é que o proprietário nos massacrava o juízo quando nos via lá a jogar futebol e as bolas invadiam, porque não havia outro remédio, a palha e outros pertences agrícolas. Antes, duas fotos com aspectos actuais do Cabeço Gordo, o primeiro campo de futebol da freguesia, beneficiado por Souza Baptista. E por isso o nome dado ao campo.
ANTÓNIO PEREIRA AREDE E O PÃO DA VEIGA: - A seguir há uma foto de uma casa onde residiu um dos melhores e maiores artistas a trabalhar madeira, se não do distrito, pelo menos do concelho. Era o seu nome António Pereira Arede, autor de belíssimos trabalhos ainda existentes, alguns na Casa do Povo e na igreja paroquial, que foi pai de um colega de escola, a residir em Aguada de Cima. Mas também a suscitar alguns factos históricos são as duas fotos seguintes, em ângulos diferentes, que era a casa onde se fabricava e vendia um dos melhores, senão o melhor pão de trigo e milho da região, o famoso pão da Veiga. Esta casa era de Ângelo de Almeida Carvalhoso e de sua esposa Zulmira Marques. As fotos apresentam-se na direcção nascente-poente e poente-nascente. Mas havia e ainda há por lá outros fabricantes deste delicioso pão... dos anjos...
BANDEIRA NACIONAL: - A seguir a estas fotos, está uma casa de prestigiadas pessoas da freguesia, residindo a sua curiosidade e característica na bandeira nacional ali içada, há algum tempo, que achamos interessante e a constituir alguma evidência local.
SOUZA BAPTISTA: - Fecha, no resumo deste slide, o busto do benemérito da freguesia Souza Baptista, solenemente descerrado em 4 de Dezembro de 1988, aquando de uma homenagem pública que lhe foi prestada. Finalmente, três amostras (fotos) da sede do concelho e cidade de Águeda, perfeitamente identificadas nas respectivas legendas.
As restantes não comentadas, são apenas amostras locais e, curiosas ou não, são aquilo que o olho do "fotógrafo" acha que deve ser publicado porque estas imagens (como outras) são, também de alguma forma, mensagens...
domingo, 19 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
PASCOA E ACIDENTES DE VIAÇÃO

sexta-feira, 10 de abril de 2009
PRIMAVERA...PÁSCOA...FLORES
PORQUE É PRIMAVERA, PORQUE É PÁSCOA! VIVA A FESTA!
SANTA E FELIZ PÁSCOA PARA OS VISITANTES E BLOGUISTAS EM GERAL
quarta-feira, 8 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
POR TERRAS DO VOUGA - II
Ocupando a zona em que o Vouga deixa de ser o mero canal de transporte de águas e começa com os depósitos de ricos nateiros, dotada de encostas brandas aonde se estende a linha principal de povoados, a região de Macinhata aparece-nos documentada logo na primeira reconquista.
Uma relação de bens de Gonçalo Viegas e D. Chamôa, alguns de herança e outros obtidos pelos mesmos, mas todos dos períodos cristãos anteriores à data do documento, 1050, menciona a vila de Serém e metade de Jafafe.