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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Gente destas terras - 36

António Pereira Vidal Xavier


Por aqui temos feito publicação sobre algumas pessoas, cuja vida resultou em factos que deram à freguesia de Valongo do Vouga uma parte importante daquilo que hoje representa.
Penso ser de justiça incluir neste trabalho e evidenciar o nome de António Pereira Vidal Xavier. O homem arrojado que enveredou pela indústria de laníficios, que chegou a ser a principal unidade de produção do concelho de Águeda e, no seu ramo, a maior.
António Pereira Vidal Xavier era um homem de condição simples. Foi comerciante em Arrancada do Vouga. Desempenhou funções de Cantoneiro e Chefe de Cantoneiros (profissão já extinta). Era uma pessoa dotada, de muito engenho e arte, pelo que cedo deixou as profissões que chegou a exercer, para se dedicar à indústria.
Uma particularidade existente. Nasceu em Janeiro de 1874, no dia 29. Era natural do lugar de Brunhido.
Foi também em Janeiro deste ano de 1874 que nasceu Sousa Baptista. Coincidência ou não, ficamos, pelo menos, com este factor curioso de em  1874 terem nascido dois fortes pilares que deram muito à freguesia. Estes dois homens nasceram no mesmo mês e ano.
Na fábrica que fundou, trabalharam dezenas, centenas de pessoas da freguesia e fora dela. A sua laboração é reportada ao ano de 1936.
Quer se queira, quer não, foi também o apoio de muitas famílias.
Começou no Pedrozelo, para aproveitar a passagem do riacho com o mesmo nome, que dava apoio ao tratamento e à produção textil, sendo o linho o grande propulsor desta actividade. Modernizou-se e outras áreas de produtos têxteis se seguiram.
Porém, com as concorrências vindas, principalmente, dos países asiáticos, provocaram que esta indústria, como outras do mesmo ramo em Portugal, entrasse em declínio em 1998. Foi juridicamente considerada a falência em 15 de Maio de 2006, presumimos, pelas informações colhidas na área cibernauta.
O seu fundador faleceu em 9 de Janeiro de 1959 e, com ele, o sonho que prevaleceu durante décadas, chegando a existir uma festa na comemoração dos 50 anos da sua fundação, em 1986. Foi árvore que acolheu e ajudou muita gente...
É abusivo considerar esta nota uma adulação. É, antes, um acto de justiça, porque, como soi dizer-se, as coisas e os factos esquecem-se muito rapidamente. E, antes de outro tipo de apreciações, que talvez fosse apanágio e aplauso de alguns, por aí, isto é história da freguesia de Valongo do Vouga, que não deve ser apagada. E esta história é difícil de apagar e ... esquecer, repito...

(Redacção da minha autoria, com apoio de biografias constantes do jornal «Valongo do Vouga» de Janeiro de 1974 e Junho de 1986)

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