Sobre a história das passagens de nível dos caminhos de ferro, que por aqui já passámos com diversos episódios, relacionados com acontecimentos ocorridos e que vitimaram algumas pessoas, fomos encontrar na acta da sessão da Junta de Freguesia, realizada em 24 de Outubro de 1915, esta passagem:
Passagem de nível actual em Aguieira |
«...foi lido na mesa o expediente que constava do seguinte: Um ofício da Administração deste concelho pedindo informações sobre a necessidade de se criar alguns guardas para as passagens de nível do Caminho de Ferro do Vale do Vouga na área desta freguesia. O presidente informou que em vista da urgência do assunto já tinha sido respondido, informando que esses guardas deviam ser criados pelo menos nas passagens de nível de Carvalhal da Portela, Aguieira e Cruz do Almagre.»
Isto significa que a Junta, em 1915, já tinha alertado as autoridades constituídas para o perigo que podiam decorrer das passagens de nível sem guarda. Quer dizer que não esteve à espera que lhe perguntassem da necessidade de se criarem os guardas de passagem de nível. Há necessidade de aditar um esclarecimento sobre a passagem de nível da Cruz do Almagre.
Pensamos que a mesma seria a da Alagoa, que agora fica próxima da rotunda de acesso da EN1-Estrada para Travassô, na direcção do Modelo.
Na mesma acta, uma deliberação talvez inédita e curiosa, do seguinte teor:
«Mais foi deliberado atestar que os paramentos com que o falecido prior José Gomes dos Santos, de Aguieira, celebrava missa na capela pública daquele lugar, ficaram pertencentes à mesma capela...»
Quanto a este caso, nada foi possível, em curto espaço de tempo, obter outros elementos de pesquisa. Mas sabe-se que é um nome bastante conhecido. Atrevemo-nos a dizer que terá sido, talvez, um dos últimos padres com que o lugar de Aguieira contemplou a freguesia e os cristãos. Mas sem certezas.
3 comentários:
adorei esse blog , parabéns aqui do Brasil
Carlos Almeida;
Obrigado pelo registo da sua presença. E se aqui vem visitar "uma amostra" das terraas de Valongo e do Vouga, certamente que aqui terá raízes. De outro modo não despertaria esta atenção.
Muito obrigado pelas suas palavras.
ora pois , sou filho de portugueses sim , meu pai de Paus (alquerubim)minha mãe de carvalhal da portela ,(familia rachinhas) confesso que me emocionei ao descobrir seu blog pois , já estive em Portugal uma vez e algumas fotos me foram familiares.seu blog passou a ser minha leitura diaria .Estou com saudades da terrinha como um todo.Mais uma vez , parabéns e um grande abraço!
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