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domingo, 22 de novembro de 2015

Leandro Augusto Martins - 5

1 - A causa da emigração de Leandro Martins
2 - Um dos primeiros timoneiros do Clube Náutico


1 - Sobre a causa e a época da emigração de Leandro Martins para o Brasil, foi-nos verbalmente descrita uma narrativa, pelo que é de admitir alguns lapsos face ao tempo decorrido e porque sobre estes acontecimentos não existem documentos nem outras fontes. Mas a história é interessante. Vamos ver  se conseguimos, também nós, não correr o risco de adulterar, o que será involuntário e sem qualquer pretensão.
Entrada frontal para o palacete (Fev. 2009)
Cata-vento que existiu e aqui quase desaparecido (Fev. 2009)



Leandro Martins teria à volta de 10 anos. Como nasceu em 1862 (em Setembro), calculamos que os factos a seguir descritos teriam ocorrido por volta de 1872. Neste hipotético ano decorriam os festejos em honra de S. Miguel, em Aguieira, como era normal e ainda hoje acontece. Recordamos que no dia 29 de Setembro são celebrados os Arcanjos S. Miguel, S. Rafael e S. Gabriel.
Num desses dias de festa, gerou-se enorme zaragata, como já era hábito na maior parte das festas populares de tempos idos. Essa zaragata deu origem à maior cena de pancadaria que jamais se assistiu por estas bandas.
E, ao que parece, nelas viu-se envolvido o nosso biografado Leandro Martins. Esbaforido, mas triunfante, chegou a casa e contou ao avô o que se tinha passado, e terá exclamado: «Matei um homem!»
Porque na barafunda entravam sempre paus, cacetes e quejandos daquele tempo, houve alguém que terá utilizado na rixa tais 'armas' de defesa. Apurou-se que Leandro Martins não terá tido participação activa e directa em cima dos seus verdes 10 anitos, mas vendo-se envolvido na confusão, talvez tenha pretendido mostrar-se um herói, culpando-se de uma morte que terá ocorrido durante e na peleja.
O avô, pessoa de prestígio e influência viu de imediato que dali poderia resultar alguns problemas com a justiça e as autoridades, pelo que só viu uma saída de solução para o caso, apesar da sua menoridade. Fazer sair Leandro Martins do país e, dadas as circunstâncias de vida e ambiência reinantes e como já seria tradicional, a única que se apresentava verosímil e habitual, era emigrar para o Brasil.
Com uma carta de recomendação do avô no bolso, o nosso «forçado» emigrante foi numa das primeiras diligências que por estas bandas passavam (talvez por Mourisca ou Vouga), em direcção ao Porto e aqui terá embarcado para o Rio de Janeiro.
A preocupação do avô foi a de conseguir libertar o neto de alguns sarilhos, que pudesse vir a ser acusado. Mas, repetimos, pelo que nos contaram, chegou a confirmar-se não ser autor material do fatídico acontecimento. Conta-se que a vítima, no meio da confusão gerada, terá batido com a cabeça no chão e em cima de alguma pedra, que foi fatal. Mas os varapaus e cacetes bailaram pelas cabeças.
Com a recomendação no bolso, para um amigo residente no Rio de Janeiro, antes referido, por este foi acolhido e começou a frequentar uma escola de artes e ofícios. Mais tarde e já em idade de trabalhar, contraiu matrimónio, constituiu família, começando por vender colchões que a esposa confeccionava. E ganhou assim o primeiro dinheiro que o lançaria na indústria de carpintaria e marcenaria (móveis).
Com esta história incompleta e, talvez, amputada, com alguns factos a carecerem de confirmação, passamos à 2ª parte desta história.

2. - A nossa fonte cita que no Clube Náutico Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, residiu outra curiosidade, que consistiu no facto de ser de Arrancada do Vouga, um dos primeiros timoneiros de uma tripulação desportiva náutica, que dava pelo nome de José Duarte. Há uma situação confusa na sua identificação, que ainda não foi possível clarificar, colocando, eventualmente, esta pessoa como membro ou próximo da família de "Joaquim do Adelino", que residiam junto ao celeiro, que existiu na área de terreno onde foram construídas as habitações de Joaquim de Almeida Marques e António Simões Estima, ali residentes, mas sem consistência memorial.
Regista-se ainda que António Pedriano de Vasconcelos e esposa (ou António de Vasconcelos Pedriano), que estiveram alguns anos no Brasil e residiram no local do dito armazém medieval (dos Duques de Lafões), foram contadores destas histórias que muitos terão memorizado.

Conclusão: com as naturais reservas que este tipo de histórias sempre podem constituir, ficam mais umas dicas da situação de vida de Leandro Martins, relacionadas com terras brasileiras.

A seguir: - Os projectos de Leandro Martins para a freguesia.

Ver mais elementos da história de Leandro Martins no Brasil, aqui:
http://www./+/agloriadovasco/+/.blogspot.com/2014/10/leandro-augusto-martins-o-presidente.html




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