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terça-feira, 22 de outubro de 2013

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - LXVII
 
Rainha D. Maria II, in Wikipédia.
Nome completo: Maria da Glória Joana Carlota
Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de
Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga
Os Cabrais tinham sido vencidos e começava uma época de regeneração política. O duque de Saldanha que ia já em retirada para a Galiza, praticamente desbaratado, recobrou forças e colocou-se à frente do movimento revolucionário que acabaria por triunfar.
Constituído o novo governo, pacificada a nação, lança-se um programa de tolerância política, de fomento económico, que devia levantar o país do atrazo e da prostração em que tinha até aí vivido.
A esse governo presidia o duque de Saldanha e faziam parte do ministério Rodrigo da Fonseca Magalhães e Fontes Pereira de Melo, este ministro pela primeira vez. Foi em 1851.
O governo mostrava-se seriamente empenhado no progresso e no adiantamento moral e material do país, resolvendo que a rainha visitasse as províncias do norte.
E meados de 1852, D. Maria II partia para o Porto. Os habitantes das terras que ela percorria aclamavam-na entusiasticamente. Cidades e vilas estiveram em festa à chegada da Boa Mãe, como a história lhe chama. No Porto os festejos foram brilhantíssimos.
Não havia ainda estradas boas nem caminhos de ferro, mas a cidade encheu-se de gente estranha que foi assistir à recepção feita à imperante pela briosa população das margens do Douro.
Ora, desta visita da rainha, invertem-se as previsões de Joaquim Álvaro na demanda com os Bandeira da Gama, por causa das órfãs. Nem ele poderia ter admitido tal plano urdido pelos seus adversários.
Joaquim Álvaro mantinha certo o seu triunfo, porque tinha por si a lei e o testamento de seu sogro, as autoridades locais eram-lhe favoráveis, pelo que as preocupações quase que tinham desaparecido.
Desta feita, os Bandeiras foram mais hábeis do que os Teles, formando um plano inteligente e simples que procuraram executar. Estavam saciados da justiça e dos tribunais, nos quais gastaram rios de dinheiro, aborrecidos e transtornados por tantas dilações e canseiras, pelo que nada queriam com os juízes que nunca lhes davam razão e lhes ganhavam nos emolumentos.
O novo plano de Torredeita foi organizado como no próximo capítulo se irá descrever.
 

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