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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Brumas da memória - 11

Os topónimos de Valongo e arredores

Citando o livro do Padre Francisco Dias Ladeira, «Município de Águeda», edição do autor dos anos 80 século XX, II volume, damos conta da seguinte passagem no que a Valongo diz respeito.

Praça de S. Pedro, frente à igreja, após a sua urbanização.
A sobressair do telhado da casa do lado direito, a torre da igreja.

«Continuando com os étimos e topónimos de Valongo, da vila de Valongo faziam parte, cem anos antes da nacionalidade, dois casais, Melares e Lanheses, este existente e aquele desaparecido, por sinal que, em 1101, foram comprados por João Gondesende e sua mulher Ximena Froiaz (Forjaz): «et de uilla Ualle Longo Melares et Laneses». Nesse documento na alusão ao monte molas (mós), que se reveste de sentido, arqueológico-industrial, no termo molas ou mós. Lanheses, grafado Laneses e Laieses... provem do latim lagenas, anterior ao século XIII, vertido por lagens. Lavegadas, também do latim lavicata, de lavegar. Quintã, igualmente latina, de quintana, que dá quintã, pequena quinta, foi antiga vila ou seja vilar, vilarinho, vilela... Sabugal igualmente do latim sambucale. Mas também pode provir de sabugueiro, ou ainda de origem militar, pois sambuca, ou instrumento militar grego, semelhante à arpa, ou então também sambuca uma espécie de arma ou máquina de guerra, para atacar fortalezas. Talvez mais viável esta, por causa da presença do castrelo, agregado fortificado, ou das proximidades do castro do Marnel ou dos castros de Recardães, Castro de Além e de S. Jorge. Claro que esta última referenciação só aparece em plena idade média; vinha bem longe o conhecimento de S. Jorge, sendo os castros anteriores ao cristianismo. Damos por terminadas estas notas sobre os lugares habitados. Se fôssemos para os locais, de que só fizemos pura menção a um terço de Agadão (cf. I vol. esta freguesia), nunca mais tinha fim e surgem, com frequência, vocábulos da maioria dos povos que por aqui aportaram, o que só faremos na monografia de Aguada de Baixo, e para essa freguesia, que foi sede de município.»

Nós é que não damos por terminadas estas histórias, fidedignas ou com alguma fantasia, diga quem o souber, voltaremos a consultar o que nos legou o Padre Francisco Dias Ladeira.

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