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sábado, 12 de fevereiro de 2011

As Meninas Mascarenhas

O LIVRO - XL


Já é tempo de voltarmos à história de «As Meninas Mascarenhas». Deixámos o último episódio com o Dr. Silva Pinho a sair, radiante, do escritório de um distinto advogado do Porto, elogiando o trabalho jurídico de um colega de Travassô-Águeda, o Dr. José Correia de Miranda, dizendo que ia arranjar alojamento na cidade do Porto. E lá foi...
Ele tinha combinado com os irmãos Velosos mudar a sua estadia para a cidade, uma vez que de Vila Nova de Gaia ficava um pouco distante e havia necessidade de estar na cidade para depressa acudir a qualquer emergência, como ainda para se manter devidamente informado da evolução dos acontecimentos.
Percorreu diversas ruas, até que se deteve na Rua do Bonjardim, frente à histórica viela da Neta e da tipografia de José Lourenço de Sousa, onde se imprimia o «Eco Popular».
Numa casa ali existente, foi despertado por uma tabuleta com um nome atraente. De Las Delícias, dizia a tabuleta. Subiu as escadas, pediu informações e lá tomou conta de um quarto, mudando-se com todas as bagagens da estalagem da Mariana, que demonstrou ter muita pena fazendo-lhe rasgados elogios pela sua convivência e pela sua pessoa.
Um pormenor curioso nesta narrativa: o Dr. Silva Pinho dizia que escrevia estas memórias passados trinta e três anos depois da sua estadia no Porto e verifica, agora, que o seu espírito, fatigado e envelhecido, ainda está com a mesma feição ingénua dos anos da sua juventude e mocidade.
Naquele tempo achava um estranho encanto no nome pretencioso de uma hospedaria. Fonda de Las Delícias devia ser uma celestial mansão...
A sua fantasia de rapaz exaltou-se e foi inscrever-se como hóspede na casa que se anunciava com aquele nome sedutor!
Vamos ver o que acontece a seguir...


Nota: - Aquela foto foi retirada da Net e em nada corresponde à hospedaria onde o Dr. Pinho se alojou.

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