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quinta-feira, 18 de março de 2010

A história local

As Meninas Mascarenhas
O livro - VII

Esta é a conhecida Ponte de Pessegueiro, por onde passava o comboio. A que é citada no livro, é um pouco mais acima desta

Vamos tentar dar mais uns passos na história das Meninas Mascarenhas, uma narrativa, relembra-se, do Dr. José Joaquim da Silva Pinho, existente num livro editado pelo jornal paroquial «Valongo do Vouga», em Abril de 1984, de que foi director o Rev. Padre António Ferreira Tavares.

Deixamos o Dr. Silva Pinho na sua chegada a Paradela, a casa do cirurgião Agostinho Graça, com a decisão de continuar, ao outro dia, a fuga dos Bandeira da Gama, regressando D. Ana teles à casa do Cimo da Rua, em Aguieira, após passar por Soutelo e daqui para Aguieira, pelo lugar do Moutedo. Caminhos daquele tempo.

*****

Na casa de Soutelo, familiares do Pacheco Teles de Aguieira, havia uma senhora, D. Matilde Máxima Teles, que ofereceu àquele uma carta de apresentação para uma senhora, das suas relações e amizade, residente na quinta de Cobelas (mais adiante aparece no livro o nome desta localidade escrita Covelas), em Cabeçais, pois na noite seguinte tencionavam lá pernoitar.
A destinatária da carta de D. Matilde era de nome Margarida Coelho da Rocha, irmã «do sábio mestre Coelho da Rocha, lente da Universidade de Coimbra» e que tinha sido professor do Dr. José Joaquim da Silva Pinho, sobrinha de um célebre abade de Pessegueiro, Manuel António Dias S. Tiago, «que mandou construir à sua custa a bela ponte de três arcos que atravessa o Vouga, e por onde hoje passa a estrada de Aveiro a Viseu, e que é um monumento da ciência de construção e um desafio à soberbia da engenharia moderna, ao mesmo tempo que é um padrão do seu génio de patriota e da sua alma de verdadeiro benemérito.»
A D. Margarida Coelho da Rocha viveu alguns anos com o seu tio, abade de Pessegueiro, tendo sido contemplada vantajosamente no generoso testamento de seu tio. Esta, com D. Matilde Máxima, de Soutelo, tinham criado relações de boa vizinhança e amizade.
Aquela carta que levavam poderia ser a chave que abriria as portas de uma grande e amiga casa, após tantos perigos em que se viram envolvidos.
Desde Aveiro, dizia o Dr. Pinho, tinham seguido o rumo Nordeste. Na manhã seguinte seria a direcção norte. Eram três horas da madrugada e já todos estavam a pé em casa do cirurgião de Paradela. Foram as despedidas entre quem ficava e os que partiam, com D. Ana Teles a dar um útimo e afectuoso beijo nas suas pupilas e companheiras de convento, «de quem se despediu a chorar, enternecida». E partiram para norte, em direcção ao Porto.

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