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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Coisas e Loisas - 13

Dia de São Valentim - Padroeiro dos Namorados


A 14 de Fevereiro - que está próximo - celebra-se o Dia dos Namorados, ou Dia de São Valentim.
A tradição manda que nesse dia os namorados celebrem o seu dia. Mas poucos sabem a verdadeira história de São Valentim.


É costume e tradição que no Dia dos Namorados se ofereçam bombons, flores ou postais. É tradição que nesse dia os casais de namorados tenham um programa próprio, que pode incluir jantar à luz de velas ou saídas românticas. É tradição até que se chame mais Dia dos Namorados do que propriamente Dia de São Valentim. Inclusivé, países onde a língua inglesa predomina chegam até a confundir os conceitos, chamando "Valentine" aos próprios namorados. Por isso, é também cada vez menor o número de pessoas que conhecem a origem deste dia, a razão, de ordem religiosa, pela qual se começou a festejar o Dia dos Namorados no dia que era dedicado a São Valentim, santo da Igreja Católica, que celebra este ano 1740 anos da sua morte como mártir.
Apesar de ser um santo reconhecido pela Santa Sé, a Igreja decidiu não celebrar dias de santos cujas origens sejam pouco claras, e a partir de 1969 deixou de celebrar o dia de São Valentim.
Contam as crónicas ou lendas já que registos tão antigos podem sempre pecar por pouca precisão histórica, que era o ano 270 da nossa era e o Cristianismo não era ainda uma religião aceite pelo Império Romano. O imperador da altura, Cláudio II, tinha proibido a realização de casamentos cristãos no território do império com o argumento de que jovens solteiros e sem laços familiares dariam melhores soldados.

A contragosto, a decisão foi acatada por todos. No entanto, um sacerdote cristão (algumas fontes atribuem ao sacerdote o grau de bispo), de nome Valentim, recusou-se a acatar essa ordem e continuou a celebrar casamentos na clandestinidade. Tendo sido apanhado no acto ilegal, Valentim foi colocado na cadeia e condenado à morte. Durante o seu tempo de encarceramento, muitos foram os jovens que lhe faziam chegar flores e bilhetes, por ser ele uma figura tão dedicada à celebração do amor entre duas pessoas.

A lenda conta também que a filha do carcereiro, cega de nascença, conseguiu autorização para visitar Valentim na cadeia. Foram várias as visitas e as conversas, e Valentim sentiu pena da mulher. Começou a rezar a Deus para que a curasse e um dia deu-se o milagre. Enquanto rezava, a fiha do carcereiro recuperou a sua visão, e toda a sua família se converteu ao Cristianismo.
Sabendo disto, o imperador Cláudio II percebeu que Valentim não tinha renunciado à sua fé e mandou que o decapitassem, o que aconteceu, tornando-se assim um mártir aos olhos da Igreja e dos seus fiéis. A data da sua execução permanece também um mistério, uma vez que alguns historiadores acreditam que o 14 de Fevereiro, data em que hoje se celebra o dia do santo, foi uma data aproveitada pela Igreja Católica para cristianizar um feriado pagão, já que se celebrava nesse dia a festa da deusa Juno, deusa das mulheres e do casamento.

Juntando esta celebração ao martírio de Valentim, a Igreja Católica marcou esse dia como o dia da celebração do amor e da fé, que teve a sua maior expressão no sacrifício de Valentim, que não renunciou à realização da celebração que professa o amor entre duas pessoas, mesmo contra a ordens do imperador Romano.
São várias as formas que os países encontram para celebrar este dia. Mais oumenos apoiados n figura de São Valentim, todos procuram que ele seja um dia de celebração do amor. Nos Estados Unidos, é comum a troca de postais e a oferta de doces e flores, assim como o é no Japão, onde 20% das vendas de chocolates são efectuadas nesta data. No Reino Unido, as pessoas encontram diferentes formas de celebrar o dia, desde as crianças em Inglaterra que cantam de porta em porta vestidas de adultos até aos casais de namorados no País de Gales que trocam colheres de pau com corações gravados, chaves e fechaduras, símbolos do compromisso que assumem um com o outro.

Hoje em dia, poderão ser poucas as pessoas que reconhecem no dia de São Valentim uma matriz religiosa e que celebram o santo pelo que ele representou. No entanto, a semente deixada por São Valentim, que lutou para que o amor entre duas pessoas pudesse ser celebrado, continua a fazer eco dentro do coração de todos os namorados que utilizam este dia para expressar o seu amor e a sua dedicação à sua cara-metade. E por tudo isso, por certo, São Valentim sorrirá lá do alto, onde continua a abençoar todos os casais de namorados.

(Da revista «Família Cristã», Fevereiro de 2010, Ano LVI, página 68, com a devida vénia)

Nota: - A filha do carcereiro curada da cegueira, chamar-se-ia Júlia. Há quem admita que a morte de Valentim terá sido no ano 269 d.C. O nome do Imperador, em romano, certamente que seria Claudius II. 14 de Fevereiro era celebrado como o início da primavera.

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