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sábado, 21 de março de 2009

ARRANCADA-IRMANDADE DE Nª Sª DA CONCEIÇÃO-II

A história do capítulo I dos Estatutos da Irmandade de Nª Sª da Conceição, impressos em 1944, e que vai na continuidade do que foi apresentado na página anterior do blogue que está a visitar, continuando a citar Ambrósio de Oliveira e Gama, que teve o título honorífico de ‘Protonotário’ e foi pároco da freguesia de Valongo do Vouga, diz ainda:
«Tem este lugar 209 fogos, 479 pessoas maiores, 100 menores e 46 ausentes; 17 clérigos, 13 presentes e 4 ausentes, e são por todas as pessoas 642.»
«… Ambrósio de Oliveira e Gama, graduado na faculdade dos Sagrados Cânones pela Universidade de Coimbra, Ben.do em a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos de Vª de V.de. do Patriarcado de Lisboa ocidental, e Arcipreste desta sua Igreja e anexa de S. Tiago do Préstimo e todo o seu distrito, por provisão do Ilmº e Revmº Cabido da Santa Sé deste dito bispado de Coimbra, Sede Episcopal Vacante.»
(De informações paroquiais em 1721).

Estatuto, o de 1648, pelo qual se regeu a Irmandade até 1715, quando foi substituído por outro escrito pelo referido pároco, Dr. Ambrósio de Oliveira e Gama, homem culto e cuidadoso, que, logo após haver tomado posse da Igreja, reconstituiu com acerto a escrituração paroquial, antes de factura bastante deficiente.
Sofreram os dois documentos preceituais várias alterações no decorrer do tempo, e em 1861 novo estatuto foi organizado, e este substituído pelo de 1883, aprovado pelo Governador Civil de então, em 13 de Dezembro do referido ano, o qual foi coordenado e escrito pelo professor João Baptista Fernandes de Sousa, inteligente e prestável cidadão, a quem os contemporâneos tributaram elevada consideração. Representa este último estatuto modelar conjunto de prescrições, pelo qual a Irmandade se conduziu até hoje, e que somente a nova situação trazida pelo Concordata recentemente assinada obriga a substituir, por se tornar agora a Corporação apenas dependente das autoridades eclesiásticas. (Citamos a História constante dos Estatutos e relembra-se que isto foi escrito em 1944).

No próximo capítulo iremos abordar a cópia do breve concedido aos confrades de Nossa Senhora da Conceição de Arrancada, pelo Papa Paulo V, datado de Roma a 9 de Setembro de 1610. É curioso este documento, não só pela antiguidade como também pelo estilo de escrita e pelos termos que então eram utilizados para fins eclesiásticos e doutrinários. Por isso, vale a pena a sua leitura.


Um pormenor interessante está no facto da descrição do lugar de Arrancada, com o seu número de fogos e habitantes, coincide exactamente com a que é feita na página 161 do livro que nos tem servido de referência, ‘Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do famoso Reyno de Portugal, Tomo Segundo, P. Antonio Carvalho da Costa – Lisboa – Anno de M.DCCVIII’, quando aquelas informações paroquiais acima citadas são referidas a 1721.
Guardamos ainda para outra oportunidade uma referência a Arrancada que consta no livro antes citado quando se refere a outro concelho.

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