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sábado, 13 de dezembro de 2008

A HISTÓRIA E O CONCEITO DA SEMANA - V

OS MOVIMENTOS
Ainda no aspecto dos movimentos que emergiram da Revolução Industrial, e já depois do anterior registo sobre esta matéria, no episódio IV aqui inserido, encontramos informação relacionada com o que se referia que “desconhecidos lançaram uma bomba” em Chicago, parece que a mesma terá sido lançada pela própria polícia.
Curioso é ainda verificar os títulos e manchetes dos jornais da época, em que colocavam os trabalhadores manifestantes em grau de autênticos vândalos, como, por exemplo: «A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social»; ou ainda: «Estes brutos só compreendem a força, uma força que possam recordar por várias gerações» (in JPN (Jornalismo Porto Net), Universidade do Porto, Ciências da Comunicação).
Calcula-se que na greve geral realizada em 1 de Maio de 1886, em Chicago e outras cidades americanas, tenham estado envolvidos mais de um milhão de trabalhadores.
Entretanto aglutinam-se movimentos, sendo em Inglaterra que surge a primeira estrutura organizada de trabalhadores.

MOVIMENTO LUDISTA, CARTISTA E TRADE UNIONS
Os nomes destes movimentos ficaram muito conhecidos não só pela acção desenvolvida, mas também com inspiração nos nomes de pessoas que foram seus impulsionadores e figuras principais.

LUDISTA (1811-1812)
Em 1811 surgiu o primeiro movimento, mais conhecido por LUDISTA, derivado do nome de Ned Ludd, um dos líderes deste movimento. Os Luditas tiveram acções com actos violentos, invadiam as fábricas, destruíam máquinas, porque entendiam que, sendo mais eficientes que o homem, lhes retirava o trabalho em contraponto com as duras e exorbitantes horas da jornada de trabalho. Este grupo ficou conhecido como os «destruidores de máquinas». Este movimento surgiu em Inglaterra e de seguida os operários mais experientes começaram por adoptar uma mais eficiente forma de luta, como a greve e o movimento sindical.

CARTISTA (1837-1848)
Na sequência do anterior, surgiu depois o movimento Cartista, que consistia já numa organização sindical mais estruturada e tinha como objectivos a reivindicação de melhores condições de trabalho, a saber:

- Limitação de oito horas por jornada de trabalho.
- Regulamentação do trabalho feminino.
- A extinção do trabalho infantil.
- Dia de folga semanal.
- O salário mínimo para todos.

Este movimento ainda se infiltrou nas lutas de direitos políticos, como o sufrágio directo e universal (em princípio apenas para homens, na época), a extinção da exigência de propriedade para se candidatar e integrar o Parlamento e o fim do voto censitário (que ou aquele que paga censo). E com estas acções, este movimento destacou-se pela organização e forma de actuação, chegando a obter alguns direitos políticos para os trabalhadores.

TRADE UNIONS
Embora aligeiradamente, porque demasiado conhecidas, uma breve referência a estas organizações que, penso, ainda existem nos Estados Unidos da América. Detinham um considerável nível de ideologia e organização, tendo sido no século XIX o período fértil para a produção de ideias antilebrais, seja na obtenção de conquistas de benefícios do capitalismo, seja ainda na organização do movimento revolucionário, que tinha por objectivo a construção e aplicação do socialismo, em direcção ao comunismo. O principal instrumento de luta destas organizações era a greve.

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Este tema é muito aliciante (historicamente), pelo que naturalmente não se esgota agora e só com estas reduzidas descrições. Temos, obrigatoriamente, que voltar ao tema em próxima oportunidade.

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